Posted by : WhiteVir quarta-feira, 23 de dezembro de 2020




Charles estava cansado, o peso nos ombros fazendo-o diminuir o seu ritmo. Sua respiração estava devagar, como se inspirar fosse difícil.

Ele seguiu os dois outros ladrões, ou caçadores, mercenários, o que quer que fosse. Pela sua intuição, percebeu que estavam subindo, havendo escadarias de pedras, inclinações e o ar ficando mais rarefeito.

Maya havia comentado que todos iriam se reunir em um vilarejo, mas primeiro era preciso acha-lo.
Caso achasse, o habitantes daquele lugar poderiam recepcioná-los, pois havia um parente ali.

Havia deixado num mistério como era o vilarejo, acrescentando que poderia haver outros, mesmo que poucos. Segundo a descrição dela, o lugar ficava no topo de uma das cadeias montanhosas da região. Poderia demorar dias, ou com sorte, alguns haveriam chegado no lugar.

Sentiu um peso em seu coração, levando a mão no mesmo, sentindo acelerar. Havia se perdido de Maya, estava numa situação de risco por alguém que não conhecia e muito menos sabia por onde estava indo. Nunca fora chegado a Dungeons, fazia para ficar ao lado da Wiglytuff, sentindo que seria muito mais útil como ajudante.

Mas pelo visto, suas experiências não eram de grande ajuda. Dificilmente se perdiam, mesmo quando Maya virava para o caminho oposto, ou ficava tempo demais examinando uma pedra. Lembrara que uma vez, achara um fragmento muito peculiar, como tantas outras coisas que não interessavam Chatot. Ela guardava cada uma delas com carinho, pois sempre quis ser uma grande exploradora.


“- Então por que virou uma Guildmaster? Qual o sentido de construir uma Guilda?      
   
- Ah, você sabe. – E ela juntou as mãos, como se fosse descrever parte de um sonho. - Eu explorei muito, mas queria treinar e ajudar outros Pokémon nas Dungeons! Quem sabe escrever sobre as que eu visitei, das histórias e perigos! Acho que eu poderia ajudar o mundo e deixar minha marca...

- Que estranho. – Ele disse. – Mas estarei do seu lado para ajudá-la no que for preciso.

- Acho que estamos virando adultos, não é Charliezinho?”


Ao se lembrar dos apelidos, sempre corava um pouco. Ficava tímido se ela o agraciasse com caricias na frente de mais alguém, então sempre pediu para serem um pouco discretos. Ela entendia a timidez, mas adorava provocá-lo quando possível. Por vezes, pegava parte de sua refeição e oferecia a ele, levando a colher a sua boca, coisa de casal, dizia ela.

Voltou ao seu foco, movendo a cabeça para os lados, dispersando as lembranças.

Ao que pareceu mais dez minutos num ritmo constante de passos apressados seguindo a dupla, acabou ficando para trás e quase os perdendo de vista. Assim, se forçou a andar mais um pouco e parou, precisando apoiar-se na parede. Os pensamentos de largar o caso eram tão frequentes, que se irritou, juntamente com as dúvidas se deveria continuar o caminho. Estava irritado e suado, foi quando alguém tocou suas costas.

Ele virou-se rapidamente, com o braço direito brilhando, um Steel Wing potente que atingiria o que quer estivesse ali.

KACHIM. O barulho de metal se chocando ecoou por toda a caverna, formando uma leve cortina de fumaça.

Essas mesmas mãos o agarraram e tocaram sua bochecha, mas não precisou se debater, sabia agora a quem pertenciam. Relaxou e abaixou o braço, pedindo desculpas.

O vulto se revelara a própria Maya, com o paletó escuro e feição sorridente. Ela se aproximou e beijou a testa de Charles, que abaixou os ombros. Por fim, o abraçou e pediu desculpas num tom baixo, que mal poderia ser ouvido.

- Precisamos lidar com eles, deixe comigo. Você me dá cobertura, sim?

- Tudo bem. – Respondeu, se pondo de pé. – Eu aguento ficar com esse casaco mais um pouco.

Aproveitando a fumaça, Charles se colocou na frente, atraindo a atenção deles.  Quais quer dúvidas, ficariam para depois.

- Boa noite, senhores. -Falou, e eles se viraram surpresos.- Estariam interessados em alguns produtos da Polisharp? – Ele falou cordialmente, colocando a mão em frente ao torço, como se fosse um mordomo.

- Como é que é? – O Kingler apontou sua arma, um machado de batalha vermelho.

- Ignore, deve ser daqueles vendedores ambulantes. – Sealo falou, dando meia volta.

- Meus caríssimos senhores, é um deleite oferecer meus humildes serviços a vossa senhoria. – E ele se aproximou, um passo de cada vez, postura elevada. – Garanto que não irão se arrepender por um segundo sequer.

Charles bateu as palmas das mãos, e uma mulher vestida de paletó surgiu, o cabelo grande cobrindo parte do rosto. Ela fez uma reverencia e continuo com a cabeça baixa, um sorriso fino em seus lábios. No ponto de vista dos mercenários, Charles era um grande vendedor que tinha uma bela servente. Eles pararam e se entreolharam com um sorriso.

- Muito que bem, você tem a minha atenção. – Disse presunçosamente, se aproximando com os braços abertos. – O que vocês têm a me oferecer?

- Apenas o melhor para os melhores. – Charles disse, com um tom tão afirmativo que ergueu o queixo. – Querida, por que não mostra a esses jovens como se faz?

Maya levantou o rosto, mostrando uma feição que poucos veriam. Poucos ainda viveriam para contar a história.

- Seria um prazer.

Antes que qualquer um pudesse dizer ou pensar, ela avançou. Com um movimento, seu punho acertou a armadura grande de Kingler, quebrando facilmente. Ele caiu no chão com um baque, e seu companheiro se moveu para ajuda-lo mas não conseguiu. Foi atingido no nariz e voando para trás.

Maya, tirou o paletó de Charles, decidindo devolver, estendendo a ele.

- Querido, acho que preciso me aquecer um pouco, sim?

Foi quando a mulher mudou, de um sorriso tranquilo a algo cruel e maligno, irradiando uma aura negra, poderosa.

- Michelle, é um prazer te ver. – Charles falou, fazendo uma reverência profunda.

- Eu demorei, não demorei Charles? – Falou uma voz totalmente diferente, mais grave e poderosa.

A mulher moveu os ombros, que pareciam mais musculosos e fortes do que nunca, emitindo um estalo. Um momento de silêncio, antes de partir num salto, caindo em cima de Sealo, que havia se virado de lado.

O homem nunca pareceu tão assustado, ainda segurando seu nariz ensanguentado.

- V-você!! – Tentou dizer, o sangue chegando aos dentes.

- Silêncio, verme.

Num golpe, moveu seu punho o acertando novamente, e ele quicou a cabeça no chão, ouvindo um craque. Michelle suspirou alto, como se estivesse entediada. Se levantou, observou Kingler e viu que ele não se levantaria tão cedo.

- Charles, me dê a caneta.

- Agora mesmo.

Ele correu, tirando uma caneta, entregando para a mulher, que se virou e agachou. Em instantes, ela fez alguns riscos, como bigodes, círculos e símbolos que aparentemente não teriam significado nenhum. Rasgou a blusa azul, e escreveu no peito do homem uma simples frase.

“Polisharp esteve aqui”

Ela se levantou e não tardou a fazer a mesma coisa no outro homem, que ao se remexer, se levantou enquanto ela ainda fazia o desenho, que borrou.

Ela suspirou de raiva, e antes que o Kingler processasse, Charles acertou no ponto perto do pescoço com força de seu Steel Wing. O mercenário voltou a cair. Quando ela terminou, tampou a cante e entregou ao Chatot.

A mão dela tremeu e ela ficou parada por alguns segundos, depois levando a mão na testa.

- ...Charles? É você?

- Sou eu, Maya. Estou aqui.

Ela o abraçou, juntando as testas e dando um beijo rápido em sua bochecha. Com mais força, Charles juntou seus braços ao redor dela, acariciando seus cabelos ondulados.

- Está tudo bem. Não foi nada demais.

Maya se desfez do abraço, e quando tentou olhar para trás, ele pegou sua mão, oferecendo o próprio paletó.

- Por favor, fique.

- Ah, Charlezito, segure com você. Eu sei que você gosta de olhar meus braços, então tudo bem.

-...Tudo bem. Vamos indo?

- Sim. Não estamos muito longe do ponto de encontro, não é mesmo?









*




- Toma isso! Water Pulse!

Sally socou o Machoke a sua frente, com uma bola de água surgindo em segundos em seus dedos. Atingiu o Machoke a sua frente, ele berrou e tombou.

Ela recuou, pensando que tinha visto ele erguer o braço para atacá-la. Foi impressão sua, pois ele caiu no chão com um baque. Não demorou para ele ter um brilho em seu corpo e desaparecer.

- Poxa vida... Eu detesto combates por causa disso... Detesto ver alguém sumir assim.

Heitor se lamentou, levando as mãos para cobrir os olhos. Ellie o encarou.

- Mas, Heitor, eles não voltam para alguém lugar da Dungeon?

- E-eu não sei, nunca estive lá para ver!

- Verdade, não sei se isso é verdade também. – Falou Sally, se aproximando. – Mas bom, eu não gosto que peguem as minhas coisas quando eu estou lanchando. Se tem uma coisa que me tira do sério é atrapalhar a minha refeição. – Bufou, socando a própria mão.

- Acho que já passou. Te dou uma das minhas maçãs se você quiser, Sally.

- Nah, tudo bem.

Ela mudou de feição, como se não estivesse mais nervosa. Colocou as mãos atrás da cabeça e se virou, caminhando a passos largos e descontraídos.

- Eu descontei a minha raiva nele, então não tem do que deixar isso me remoer né?

- Sim. Vamos indo, Heitor? - Perguntou Ellie, olhando para ele.

- A-ah, vamos!

Saindo de seus devaneios, ele acompanhou as garotas de perto, se afastando quando encontravam algum oponente. Elas não tinham muita dificuldade, pois ambas atacavam para atordoar o oponente e finalizar o mais rápido possível com poucos, mas poderosos golpes. Anotou tudo em seu caderno.

Sally estava meio agitada, olhando todos os cantos do lugar. Quando pararam, ela se sentou numa rocha, escrevendo algumas coisas rápidas em seu caderno.

- Você também tem um diário Sally?! – Admirado, Heitor tirou o seu também de dentro da mochila, num zíper interno.

- Não tinha visto, que legal!

- Ele é todo rosa e com adesivos pois foi minha irmã menor que fez! Ela é muito prendada, sempre me manda algumas coisas todo o mês! – E ele mostrou o objeto, virando as páginas com cuidado.

- Que demais, você tem irmã!

- Tenho duas irmãs, sou o irmão mais velho! – Disse orgulhoso. – Eu tento ter cuidado pra não estregar... Sou meio... desastrado.

- Ah, tudo bem! Prestando atenção dá tudo certo. – Sally deu uns tapinhas nas costas do menino, contente. – Se um dia elas vierem, mostra elas pra Guilda!

- Elas disseram que vão tentar vir no festival. – Disse, tão emocionado que quase caiu uma lágrima nos olhos. – Eu mal posso esperar...

Sally disse que estava ansiosa para o festival, esperando ser um evento grande. Então voltaram ao seu caminho, com Ellie os apressando.

- Já deve ser sete da noite. Não sei se estamos perto, mas Maya nos disse que é um Vilarejo das montanhas.

- Tive a sensação de que estávamos descendo. – A Totodile coçou a cabeça, pensativa. – Mas bom, Dungeons são bem imprevisíveis né? Nunca esteve numa caverna assim!

- É bem diferente de Beach Cave e as outras que tivemos de ir. – Ellie concluiu, retomando o percurso. – Vou na frente.

Sem mais, ela se levantou do encosto da parede e passou por eles, que a seguiram também. Sally mantinha a vigia enquanto a Snivy buscava algum ponto de localização.

Foram curvas, salas grandes e mais voltas. 

Corredores vazios e longos. Dentro da Dungeon, Sally sentia um certo sufoco como tantas outras vezes que andava em lugares fechados. Respirava fundo, tentando manter sua atenção para futuros oponentes.

Chegou uma curva que Ellie parou abruptamente, movendo as vinhas parando seus companheiros. Cuidado, há um buraco.

Surpreso, Heitor recuou, assustado.

- B-buraco?

- Sim. – Ellie disse, olhando com cuidado para não cair ou escorregar. – Deixe-me ver a profundidade.
Pegando uma pedrinha de quase o tamanho do seu punho, deixou cair. Contou os segundos e o tempo para ouvir o baque no chão. Demorou, mas ouviu.

- Acho que deve ser sessenta metros. Seria uma queda e tanto...

- Minha nossa, a gente ia virar patê. 

- Minha mãe fazia um patê de Pecha Berry pra gente! Ai que saudades...- Comentou Heitor, nostálgico.

- Podemos pular. Tem algo em torno de dois metros até o outro lado, não será de grande coisa.

- PULAR? TIPO, PULAR MESMO? – Berrou o Bidoof.

- Sim, se voltarmos estaríamos perdendo tempo, não acha? Você consegue pular, Heitor?

Ellie parecia um pouco impaciente, encarando-o de um modo quase frio. Sally se posicionou entre os dois, anunciando que era só jogar a mala para alguém do outro lado pegar. Ellie deveria ir primeiro, podendo usar seus chicotes como auxílio.

- É uma boa ideia. Vamos tentar.

Vendo viu uma rocha afiada do outro lado, a garota jogou seus cipos. Tinha um alcance grande, não tendo dificuldades. Num salto, a Snivy se jogou para frente, que ao recolher os cipós, aproveitou o impulso e caiu numa distância mais que segura.

- Pronto! Joguem as malas!

Sally não hesitou, jogando sua mala, que foi pega pelos cipós e caiu nos braços de Ellie.

- Sua vez Heitor! A Ellie toma cuidado com essas coisas, não vai quebrar nada!

- ...Tudo bem...

Muito receoso, ele se aproximou devagar e entregou a mala a garota de cabelos azuis, que com seus braços fortes, jogou para o outro lado. Ele quase gaguejou quando viu algo sair de sua mala, mas pelo impulso, caiu na área segura, nos pés de Ellie.

Suspirou tão aliviado que caiu no chão.

- Você se preocupa mais com seus bens do que com você mesmo Heitor?

- Acho que sim. – Ele disse, abaixando seus ombros. – Esses objetos têm muito valor sentimental... É como perder alguém...

Sally percebeu que era um assunto que não seria bom ser aprofundado, ao menos não naquele momento, então moveu a cabeça em concordância e o ajudou se levantar. Encorajando-o, ela queria que ele corresse com tudo e pulasse.

- Mas eu sou gordo, não acho que eu consiga!

- Olha, se você quiser, eu te atinjo com um golpe no ar. Você pega impulso e a Ellie te recebe com os cipós abertos!

- ....Mas eu não sei...

- Ah, vamos viver essa aventura! Me diz, quem é o Glameow mais lindo que tem?

- Eu sou um Bidoof!

- Tanto faz! Só vamos pular juntos então!

Sally pegou o pulso dele e correu para trás, e sem entender nada, Bidoof se desesperou.

Ela correu com ele, mas na hora de pular, o jogou com toda a sua força que seus braços permitiam, deu um grito de vitória e sentiu seus músculos arderem.

- VAI QUE É TUA HEITOOOORRR! – Berrou a plenos pulmões, se agachando pelo cansaço.

- oooooOOOOWAAAAAAAAAA!!!! – Gritou com toda a sua voz, em pleno ar. Ficou com medo, a adrenalina subindo por não sentir nada embaixo dos pés e para ampará-lo.

Do outro lado, Ellie lançou suas vinhas e o agarrou, puxando para si. Ela havia enrolado os cipós entre duas pedras, de modo que se ele corresse ou caísse, estariam ali para impedir, ou ao menos, quase totalmente o impacto.

Sentindo os cipós se enrolarem, ele tentou tirá-los, entrando em pânico por algo o agarra-lo.

- Não Heitor! Cipós são amigos! – Disse Sally.

Mas a força de Ellie era muito maior, juntando ao seu recente mau humor, o amarou com força e puxou. Ele pousou no chão, os pés se desamparando e andando para frente, tombando com as vinhas presas. Ele caiu no chão.

- Muito bom Heitor! Agora saca só eu em ação!

Sally correu para trás, os cabelos acompanhando o movimento na ida e volta, quando saltou tão alto que quase tocou o teto baixo. 

- HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

E então, aterrissando com força, girou seu corpo e depois se erguendo, como se não fosse nada. Fez uma pose de vitória e comemorou.

- AHA! Estamos todos aqui. Muito bem, graças a nós mesmos, viu?

Heitor ainda tremia, olhando para o chão. Ellie recolheu suas vinhas devagar, olhando-os. Sally estendeu a mão, mas Heitor não havia percebido. Ele se assustou e se encolheu.

- ...Heitor, ei, cara, tudo bem? Ó, a gente tá aqui....

- E... se eu tivesse caído? E se eu nunca mais visse a minha mãe? Ou minhas irmãs...?

- E-ei, cara! Passamos pr isso, estamos bem não é? – Sally se agachou, tentando olhar para ele. – Desculpa p susto, mas era o jeito...

- A culpa não é sua, Sally. – respondeu Ellie, com olhos fechados. – Heitor deve saber os riscos de ser um explorador.

As palavras o atingiram como gelo, ou um golpe muito forte. Não conseguiu responder, era como se faltasse ar e quisesse chorar, correndo para o colo da sua família. Ele escondeu o rosto.
Sally olhou com um olhar reprovador, mas Ellie desviou, virando-se e ficando de costas. Ela disse algo sobre ir em frente e voltar em cinco minutos.

Em silencio, Sally se sentou, apoiando suas mãos nas pernas.

- ... Ei, cara, desculpa a Ellie. Ela tá naqueles dias de mau humor? E mais umas coisas junto. – Ela falava, gesticulando com o corpo, tombando para os lados. – Mas, olha, achei legal voc~e ter pulado! Acho que sua família vai se orgulhar, você está cada vez mais próximo de ser um explorador!

As orelhas pareciam ter ouvido, pois se mecheram. Ele ergueu a cabeça devagar, os olhos cheios de água. Ele fungou, mas não falou nada, apenas concordando com a cabeça.
Sally se levantou, estendendo a mão.

Ele aceitou a ajuda, e de pé, continuou olhando para o chão.

- ...Eu... Acho que entendi... Ellie tem sorte de ter uma parceira como você...

- Ah, que nada! Vou chutar a bunda dela depois, cê vai ver.

Foi quando ouviram passos se aproximando, Sally se colocando na frente dele e das malas ainda no chão. Mas deixou de ficar tensa, sorrindo ao ver que era a Snivy.

- Você vai chutar o que, Sally? – Perguntou, com mau humor.

- Chutar o pau da barraca! Já fez isso? Eu não. – Respondeu, se fazendo de desentendida.

Ellie deu um meio sorriso, mas voltou a dizer com pressa que havia achado a saída.

- Estão quase todos na entrada do vilarejo. Nosso timing foi bem a tempo.

Sally foi na frente, empolgada para a saida da caverna. Ellie ficou para trás, remexendo em sua bolsa. Tinha um papel dobrado, amarelado e cinzento, que não percebeu antes. Quando pensou em abrir, Sally a chamou.

-...Fica pra depois. Estou indo, Sally!



No que seria a entrada do Vilarejo, a Guilda estava quase toda reunida. Era um lugar simples, mas com seus bons aspectos de familiaridade. Quando todos estavam presentes, Maya tomou a frente, mostrando o caminho.

Um vilarejo de espécies diferentes, como dragões e outros tipos de Pokémon fogo. A essa hora da noite, não havia muito movimento, sendo assim, tendo uma caminhada silenciosa por entre as ruas de pedras retangulares. As casas tinham um padrão geométrico, algumas menores e maiores, bem como alguns poucos estabelecimentos abertos. Um músico tocava seu violão, um Dragonair charmoso com uma voz melódica e calma, em frente a uma loja de doces fechada.

Aquilo quase fez alguns membros da guilda dormirem na mesma hora.

Maya mostrou que havia chegado. Havia uma pousada, chamada o “Dragão dormente”. Era bonita e enfeitada, com as luzes acesas na sacada de madeira marrom. Uma mulher abriu a porta, descendo e cumprimentando Maya.

- Há quanto tempo! Bom te ver. Venham, está escuro e fizemos um bom jantar.

“Ah, comida.” Era tudo que Louis queria. Estava cansado demais, ombros quase que doloridos e o sono batendo as portas. Não ligou muito para as coisas ao seu redor, sem sua cabeça pensava em jantar e deitar-se. Estava cansado demais até para brigar, quando Teresa o cutucava.

Ao que parecia, a mulher que os havia atendido era a neta da hospedeira. Assim, ela mostrou os quartos, bem como os horários das refeições. Louis nem prestou atenção, a cabeça pendendo ainda amais com o estomago satisfeito.

Quando viu a cama de seu quarto, jogou a mala para o canto e nem se importou em fechar a porta, ou em quem dormiria ali com ele.









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